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Sexta-Feira, tivemos cá em casa a jantar a enfermeira do Fred e a namorada
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Esta é uma sociedade conservadora, mas convive bem com os homossexuais. Então, a história é esta: há uns meses atrás, o Fred andava à procura de uma enfermeira para trabalhar com ele. Demorou imenso tempo até encontrar alguém que lhe agradasse, esteve 2 meses sem ajuda. Até que encontrou esta, de nome Sónia, que tinha trabalhado antes, como enfermeira, numa prisão local. Ele, que é Judeu e até é mauzinho, fez jus à sua reputação e foi muito torto para ela no início. Embora ela o ajude imenso e o incite a despachar trabalho. Bem, acho que começaram a ficar mais amigos e ela contou-lhe que tinha uma Namorada, ou seja, contou-lhe que era Lésbica.
Bem, a moça, não podia ter dito melhor coisa que a fizesse cair nas Graças do patrão. Convidou-as logo para virem jantar com a família dele. Elas aceitaram. E lá vieram, nesta sexta passada.
A Sónia é meio gordinha e loira e a Weaver (o estranho nome da namorada) tem a figura masculina, também loira, mas de cabelo curto arrepiado e cheia de músculos. Ela trabalha na prisão, é Sargento lá. É do mais cómico que eu já vi. É uma daquelas figuras retratadas no cinema, a mulher-macho sem algum medo, enfrenta tudo, é a primeira a dar o passo numa situação de agressividade, etc. e depois manda aquelas piadas que deixa qualquer um sem resposta.
Ela contou que uma vez acompanhou uma mulher muito gorda, quando ela foi tomar banho, mandou-a levantar as banhas todas e lavar-se com o sabonete entre elas, porque ali também cheirava mal. Diz que é má com as mulheres e ainda assim elas acham que está a brincar. Explicou que elas são mais insistentes e difíceis de lidar do que os homens, porque nunca se calam.
Eles, se lhes manda uma piada relativamente aquilo que eles mais prezam (a masculinidade) baixam a bola.
Contou que uma vez disse a um: Im more men then you will ever be, and more women that you will ever have, como resposta a uma boca qualquer. Ele calou-se.
Disse também que há lá dentro um contorcionista que se pendura nas grades e pratica sexo oral com ele mesmo
Depois também contou como lida com as cenas de agressividade e também como lidam quando há sexo nas celas, visto que é proibido. As mulheres são as mais vulneráveis e há mais situações de homossexualidade entre elas. Nos homens também, mas não com tanta frequência. O psicólogo que lá têm, considera que a necessidade de sexo, naquela situação, está acima da necessidade de comer. Quando são apanhados (as) em actos sexuais, são fechados numa cela pequena, durante 28 dias com a luz sempre acesa. Têm comida, mas pouca, e nunca saem durante esse tempo.
Portanto, as duas conheceram-se na prisão. Já foram ambas casadas e divorciadas, com um filho cada uma. Vivem juntas, com os filhos. A Weaver convidou-me e à Jacqui para irmos visitar a prisão. Eu aceitei logo. Tenho imensa curiosidade.
Bem, mas foi uma noite muito agradável, em que rimos imenso. Sempre presente o facto de que elas são namoradas, perfeitamente, aceite por elas e por nós e a conversa fluiu o mais naturalmente possível. Normalmente, o Fred lidera nas conversas quando tem visitas, mas desta vez não conseguiu. E até gostou!
Gostei de ver a forma como a Jacqui e o Fred lidaram com esta situação. São boas pessoas.
Um destes dias, depois da sesta, não tinha o que fazer com os miudos mais novos. Peguei neles, no gato, na cadela e fomos passear no bosque ao pé de casa. Aquele que atravessamos todos os dias cada vez que saimos ou voltamos para casa e que, de vez em quando, veados se atravessam à frente.
Foi uma tarde fria, como o dia de hoje, que está um gelo, mas muito divertida. Conseguimos encontrar trevos, não de 4 folhas, mas vermelhos!!!
O gato foi dentro do meu casaco e a cadela adorou o passeio. O Timmy e a Phoebe também.
Eu adoro árvores, e esta da foto é um espectáculo. Também vimos alguns cogumelos esquisitos e uns cocós de veado. Eles adoram fazer este tipo de explorações, os miudos, claro!!!
Os mais velhos foram hoje para New York, para passar o feriado do Thanksgiving. Uma semana de silêncio.................
Eu e os outros dois, fomos para o parque brincar. Está tanto frio, que estava vazio... Tínhamos tudo só para nós.
Agora, cá estou de volta a casa, com a senhora a limpar e os miudos à espera da sopa. E eu à espera, ansiosamente, de os por a dormir a sesta porque acordaram e a mim também às 6h40 da manhã!!!
No domingo fui ver o Diário da Briget Jones com a Jacqui. Não valeu a pena os 8 dlrs de bilhete. Ainda bem que não fui eu que paguei. Mas a noite foi gira, eu e a Jacqui divertimo-nos.
Tem piada, que, quanto mais o tempo passa, mais introspectiva estou e com cada vez menos vontade de sair de casa. Não sei se será preguiça ou feitio.
Atrevi-me a conduzir com o Claud no carro à solta. A Zoe tirou umas fotos. O gato adorou o passeio.
Ás vezes sinto-me tão irritada com certas coisas que acontecem aqui em casa, com o comportamento da Jacqui, a desorganização
pergunto-me quanto tempo mais de paciência eu terei para aguentar. O facto de eu suportar tanta coisa e ainda assim sorrir e fazer as coisas, mostra uma grande diferença em mim, do que eu era, para o que sou. Mas se esta foi a família que me calhou, não vou mudar só porque certas coisas não estão do meu agrado. Não têm que estar. Mas ás vezes é complicado lidar com certos comportamentos. A Mãe é a incompetente e irresponsável e depois faz-se de muito boa e observações do mais estúpido que há, para ver se encontra algum defeito na minha conduta. Por enquanto estou em vantagem. prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Hoje fui nadar com a Phoebe e disse ao Fred para dizer à Jacqui (porque ele atendeu o tlm dela) que tinha feito uns filmes da miúda a nadar debaixo de água. Julgam que ela perguntou por eles quando chegou a casa????? Hã hã, nada! Eu não vou andar atrás deles com os filmes. Se quiserem ver, que perguntem. Estou farta de fazer demais. De estar sempre disponível. Sempre a sorrir e pronta a ouvir qualquer desabafo. Faço-o porque é como me sinto bem. Vou ter que começar a contrariar-me.
Ainda bem que tenho o meu quarto, o meu gato, o meu computador, as minhas coisas. Assim que houver um adulto em casa e eu estiver fora das minhas horas de trabalho, vou fechar-me no quarto.
Desde que cá estou, sinto mudanças prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />
De qualquer das formas, a tolerância e paciência estão, definitivamente, gigantescas. Uma coisa que se tornou muito clara para mim, foi aperceber-me da mudança de humor das pessoas através das mais pequenas reacções, expressões. Talvez isso advenha do facto de não estar tão habituada à língua e tenha que observar mais as pessoas para as entender ou senti-las (como eu costumo dizer). Aprendi a sentir os outros.
Fechei-me para me empenhar mais em mim, não de uma forma egoísta, de uma forma evolutiva. Certas coisas clarificaram-se e passei a ter mais certezas e mais vontade de evoluir nalguns aspectos.
A Auto-Estima está bem melhor, penso eu. Embora continue insegura em muitos aspectos. Por exemplo, não sou capaz de ir para uma discoteca e dançar com todos os gajos que me aparecem à frente, como fazem as minha amigas alemãs. Eu não sou sexy como elas e talvez perdessem o interesse e fossem dançar com as minhas amigas. Mas também, quando começo a entrar na tristeza de saber que não sou sexy e sensual como as outras que têm os gajos todos à volta delas penso: mas por acaso é isso que eu quero para mim???? Ter gajos à minha volta pura e simplesmente interessados na minha aparência ou se sou sexy, dar um ou dois beijos e alguma coisa mais e depois partir para outra? Não. Já fiz algumas asneiras do género, mas já ultrapassei essa fase, já não estou assim. E é com isso que me consolo. O que elas vão tendo não é o que eu quero para mim. Isto é realmente verdade. Mas também pode ser um mecanismo de defesa. Não sei, um pouco dos dois
Estes 2 últimos dias foram ricos em acontecimentos. prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Primeiro, no sábado, quando acordei, a família estava na garagem a tirar a tralha toda para fora. Isto porque querem montar um ginásio e o chão para o dito cujo já tinha chegado. Então tinha que ser posto.
Eles querem fazer um ginásio mesmo. Já têm uma passadeira, uma bicicleta, vão ter uma daquelas máquinas que exercitam os músculos do corpo, pesos independentes, colchões, espelho, aparelhagem, tv
Bem, estão a ver a dimensão da coisa.
Eu resolvi ajudar.
Trabalhámos imenso a carregar as coisas e a limpar tudo.
À tarde eu ia com as Kissing Girls a um jogo de Futebol americano e tinha combinado com elas que vinham ter a minha casa e que depois íamos todas juntas. Por volta das 2h chamaram-me e fui buscá-las à cidade, com a Zoe, que me implorou para ir.
Trouxe-as e estiveram a conversar com o Fred e a Jacqui, a brincar com os miúdos durante um bocado. Trouxe 4: a Erika, a Milla e a Mariska, k vieram juntas, e a Tammy.
Depois subiram para o meu quarto e combinámos que íamos almoçar fora. BEM, A Zoe deu de IMPLORAR, FAZER DE TUDO para eu a levar comigo. Não me largou a porta do quarto. Fartou-se de bater, mudou de roupa, implorou de joelhos
eu já não sabia o que fazer, até que me zanguei com ela e mandei-a desaparecer. Disse-lhe que queria o meu espaço e a minha privacidade. Que queria estar com as minhas amigas. E ela disse-me que estava aborrecida e que não tinha nada para fazer. Eu afirmei que não tinha nada com isso. Resposta final da conversa: Youre mean Sara!!!
Os pais, nem um pio!!!! Tenho a certeza que ouviram, mas não disseram nada. Quando lhes contei, disseram que iam falar com ela. Eu saí e ela estava à janela com as maiores trombas
Depois pediu-me para vir ao meu computador. Não deixei, claro!!!!
As minhas amigas ficaram meio escandalizadas com a atitude dela a bater à minha porta.
É que é uma coisa impressionante! Eu não tenho trabalhado aos sábados de manhã, porque o nosso limite de horas de trabalho é de 45h semanais. Normalmente eu faço 50h e as vezes mais. Então, ao sábado de manhã nem saio do quarto. Mas os miúdos não me largam a porta o fim-de-semana inteiro. Tudo é um motivo para quererem entrar. E são 4. Um já é incómodo, agora multipliquem por 4. Nunca estou sossegada. Dormir mais que as 7 da manhã sábado e domingo, é um sonho
consigo dormitar com uma almofada em baixo e outra em cima, a tapar os ouvidos. São miúdos, eu compreendo. Só sei que vou achar a minha casa o Céu, quando voltar.
Bem, afinal o jogo de futebol já tinha começado e nós não o fomos ver. Andámos pelo centro da cidade de Salem.
Quando voltei para casa, ia cheia de vontade de ter uma conversa com a geniosa da Zoe, mas ela estava tão simpática que não tive coragem. Mas vou ter a conversa.
Fui para a garagem(já ginásio) com ela ensinar-lhe uns movimentos de BreakDance. Quando sai para me vir deitar, o Fred estava na sala e eu disse Boa noite. Ele também e depois disse Obrigado. Eu perguntei-lhe obrigado de quê. Ele respondeu: Thanks for being you. Foi um querido.
No domingo foi o Encontro das Au Pairs para celebrar o Thaknsgiving. Cada uma cozinhou um prato típico do seu pais e levou. O que eu cozinhei não é bem típico, foi Bacalhau (que eles chamam de Halibut e não é salgado como o nosso) com espinafres, batatas e molho Bechamel. Eu gosto muito de cozinhar, mas confesso que quando tenho que cozinhar para alguém, há sempre algo estúpido que corre mal. Desta vez tive que cozer batatas 3 vezes. Das 2 primeiras cozinhei-as demais, ao ponto de ficarem boas para fazer puré. E eu que estou tão habituada a cozer batatas. Uma coisa estúpida mesmo. Bem a comida acabou por ficar boa, com um sabor, ligeiramente, diferente do que é normal com comida portuguesa, mas o pessoal gostou.
Foi uma tarde e noite muito agradável na casa da Nanette. Levei o Claud comigo e ele andou felicíssimo a correr tudo na casa dela. Andou no colo das Au Pairs todas. Ele adorou a festa e a liberdade. Sim, porque aqui em casa, é raro ele sair do meu quarto porque a Jacqui tem medo que ele arranhe o sofá e as cortinas. ????? Nem pensar em cá deixar o gato???? Coitado do bicho!!!! Ficava sem comer montes de dias, como a cadela, e ia ter k ir beber água à sanita.
Eu gostei mesmo muito da ida à casa da Nanette. Ela é uma querida. Contei-lhe os problemas que tenho tido, como os resolvo e relembro que não quero que ela interfira nestas situações. Enquanto conseguir resolver quero ser eu a fazê-lo.
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